Portulegal # 100 – Carlos de Azevedo – 08.10.14 – radioeletrica.com
Esta foi uma edição especial do Portulegal, que comemorou três efemérides: os dois anos de emissões semanais ininterruptas do programa pela gloriosa Rádio Elétrica, o dia mundial da música (1º de outubro) e esta edição centenária (não menos importante, coincidiu, também, com o dia do vegetariano e o dia do idoso). Acho que foram boas desculpas para fazer uma série de programas ao longo do mês de outubro e retomar a ideia inicial que inspirou a criação deste programa, que entrou discretamente “no éter” webofônico da radioeletrica.com pela primeira vez na noite de 1º de outubro de 2012: saber o que se passa e dialogar com outras culturas de países lusófonos, com quem partilhamos muitas raízes e afinidades culturais. A minha proposta foi construir uma narrativa poética e musical ao longo de quatro programas, que incluísse músicos, artistas e poetas de diferentes épocas nos quatro continentes em que a língua portuguesa é falada. Temos estado um tanto indiferentes ao que acontece lá fora, mas o mundo é maior que a nossa aldeia. Neste sentido, faço minhas as palavras do poeta Vinicius de Moraes: “sou um sujeito meio sem pátria, minha pátria é a Humanidade”. A frase resume perfeitamente o espírito desta série de programas: universalista e intemporal, porque há vida inteligente para além da nossa própria tribo! (Carlos de Azevedo)
Playlist:
1. As Royalettes – Parabéns, parabéns Portulegal! (adaptada)
2. Ana Luíza e Luis Felipe Gama – Alegria
3. José Jorge Letria – O essencial está na música (poema dito pelo próprio autor)
4. Bau – Vibrações
5. Mariza – O tempo não pára
6. Mário Viegas – Rosas vermelhas (poema de Manuel Alegre)
7. Cristina Branco – Canção de embalar (música e letra de Zeca Afonso)
8. Manuel Alegre (voz) e Carlos Paredes (guitarra portuguesa) – Trova do vento que passa (poema de Manuel Alegre)
9. Teresa Salgueiro e Pedro Joia – Voltarei à minha terra + Meditando
10. João Afonso – Sangue bom (letra de José Eduardo Agualusa)
11. Antônio Abujamra – A gente se acostuma (poema de Marina Colasanti)
12. B Fachada – Já o tempo se habitua (letra de Zeca Afonso)
13-14. Dois poemas de Herberto Helder, ditos pelo próprio (do livro “A morte sem mestre”)
15. Tom Jobim e Eugénia Melo e Castro – Canta, canta mais
16. Mais um poema de Herberto Helder, dito pelo próprio (do livro “A morte sem mestre”)
17. Mais um poema de Herberto Helder, lido pelo apresentador (do livro “A morte sem mestre”)
18. João Afonso – Fala do índio
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Ilustração do post: desenho da artista moçambicana Maimuna Adam, publicado no Jornal Público, por ocasião das comemorações dos 800 anos da língua portuguesa.
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